quinta-feira, 29 de abril de 2010

ANO DE TODOS. ANO DA RACHEL

A Academia Fortalezense de Letras tem participado, presencialmente, de todos os eventos até aqui realizados em comemoração ao centenário de nascimento da escritora cearense Rachel de Queiroz. Estivemos no “O Povo”, quando do lançamento de campanha alusiva à ex-cronista daquele jornal. Posteriormente, a Fortalezense reuniu, em sessão festiva, no dia 11 de abril, seus membros e convidados no Espaço “Não me Deixes” da 9ª. Bienal Internacional do Livro do Ceará, no Centro de Convenções. A AFL, pela segunda vez consecutiva, 2008-2010, logrou esse intento. Reuniu, em público, os seus acadêmicos em uma bienal para jograis, discussões e, certamente, homenagear Rachel. De 23 a este 30 de abril, a Fortalezense e a Secult estão realizando a 2ª. Exposição (a primeira foi ano passado) “Viajando nos Livros”, no Benficarte, no Shopping Benfica, em que Rachel é homenageada. Hoje é o último dia. Ainda nesta semana, no dia 27, a AFL participou da mesa diretora da sessão solene em homenagem a Rachel de Queiroz, no plenário 13 de Maio da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará. A sessão foi presidida pela deputada Rachel Marques, autora do requerimento. Na abertura, disse ela que se considerava, tal qual a homenageada, uma fortalezense que adotou Quixadá. Nessa tarde festiva era maior o número e o brilho de quixadaenses que os nativos de Fortaleza. Eles vieram preparados. Encenaram uma breve peça em que Rachel aparece menina, adolescente, mulher jovem e senhora madura. Houve cantador de viola e cordelista com louvações versejadas. As professoras Lourdinha Leite Barbosa e Cleudene de Oliveira Aragão apresentaram uma coletânea, enfeixada em livro, por elas organizado, “100 anos de Rachel de Queiroz, Vida e Obra” e editado pelo Inesp, dirigido pelo prof. Antônio Nóbrega Filho. O reitor da Universidade Estadual do Ceará, Francisco de Assis Moura Araripe, registrou a ideia de se criar o Instituto Rachel de Queiroz. A festa foi longa e os deputados Artur Bruno, Teodoro Soares (membro da AFL) e Júlio César disseram da alegria de ver tantos jovens estudantes e amantes das letras naquele recinto. A sobrinha Maria Inês Queiroz Chaves agradeceu em nome da família de Rachel. De nossa parte, cobramos, descontraidamente, a parte que cabe a Fortaleza na sua vida. Afinal, ela nasceu ali pertinho do Passeio Público e estudou no Colégio da Imaculada Conceição. Só depois, muito depois, Rachel foi para o Rio, onde teve mais de uma morada e lá se finou em 4 de novembro de 2003. Mas, Rachel sempre vinha ao Ceará e, antes de pegar a estrada para Quixadá, fazia pouso em Fortaleza para se reabastecer das estórias da cidade e trocar dois dedos de prosa com parentes e amigos. É por isso que dizemos, Rachel é de todos e, especialmente, da literatura modernista brasileira.
João Soares Neto,
escritor

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