quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nova Política de Preços

Nada de livros encalhados! A partir de agora, livros usados que não forem vendidos em 12 meses serão automaticamente rebaixados em 30%! Se, ainda assim, não forem vendidos em mais 6 meses, terão seus preços cortados em 50%!

Nos últimos anos, temos feito um grande esforço para atingir nossa meta de estoque de 250.000 volumes. Além de estarmos chegando perto, adotamos recentemente um novo processo de catalogação, muito mais eficiente. Como resultado, precisamos garantir o giro rápido deste estoque, queimando os livros mais antigos para dar lugar aos recém-adquiridos.

Para começar, rebaixamos os preços de 70 mil títulos! Não é temporário, estão rebaixados em definitivo. Venha ver! Ao navegar pelo site, estes livros estão marcados com um CARIMBO AZUL. Compare os preços e compre!

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Carmen Menezes e Equipe da Traça

330 LIVROS GRÁTIS

É só clicar no título pra ler ou imprimir.



1. A Divina Comédia -Dante Alighieri
2. A Comédia dos Erros -William Shakespeare
3. Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa
4. Dom Casmurro -Machado de Assis
5. Cancioneiro -Fernando Pessoa
6. Romeu e Julieta -William Shakespeare
7. A Cartomante -Machado de Assis
8. Mensagem -Fernando Pessoa
9. A Carteira -Machado de Assis
10. A Megera Domada -William Shakespeare
11. A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare
12. Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare
13. O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa
14. Dom Casmurro -Machado de Assis
15. Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
16. Poesias Inéditas -Fernando Pessoa
17. Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare
18. A Carta -Pero Vaz de Caminha
19. A Igreja do Diabo -Machado de Assis
20. Macbeth -William Shakespeare
21. Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago
22. A Tempestade -William Shakespeare
23. O pastor amoroso -Fernando Pessoa
24. A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós
25. Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
26. A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha
27. O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa
28. O Mercador de Veneza -William Shakespeare
29. A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde
30. Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare
31. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
32. A Mão e a Luva -Machado de Assis
33. Arte Poética -Aristóteles
34. Conto de Inverno -William Shakespeare
35. Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare
36. Antônio e Cleópatra -William Shakespeare
37. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
38. A Metamorfose -Franz Kafka
39. A Cartomante -Machado de Assis
40. Rei Lear -William Shakespeare
41. A Causa Secreta -Machado de Assis
42. Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa
43. Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare
44. Júlio César -William Shakespeare
45. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
46. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
47. Cancioneiro -Fernando Pessoa
48. Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional
49. A Ela -Machado de Assis
50. O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa
51. Dom Casmurro -Machado de Assis
52. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
53. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
54. Adão e Eva -Machado de Assis
55. A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
56. A Chinela Turca -Machado de Assis
57. As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare
58. Poemas Selecionados -Florbela Espanca
59. As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo
60. Iracema -José de Alencar
61. A Mão e a Luva -Machado de Assis
62. Ricardo III -William Shakespeare
63. O Alienista -Machado de Assis
64. Poemas Inconjuntos -Fernando Pessoa
65. A Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne
66. A Carteira -Machado de Assis
67. Primeiro Fausto -Fernando Pessoa
68. Senhora -José de Alencar
69. A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
70. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
71. A Mensageira das Violetas -Florbela Espanca
72. Sonetos -Luís Vaz de Camões
73. Eu e Outras Poesias -Augusto dos Anjos
74. Fausto -Johann Wolfgang von Goethe
75. Iracema -José de Alencar
76. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
77. Os Maias -José Maria Eça de Queirós
78. O Guarani -José de Alencar
79. A Mulher de Preto -Machado de Assis
80. A Desobediência Civil -Henry David Thoreau
81. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
82. A Pianista -Machado de Assis
83. Poemas em Inglês -Fernando Pessoa
84. A Igreja do Diabo -Machado de Assis
85. A Herança -Machado de Assis
86. A chave -Machado de Assis
87. Eu -Augusto dos Anjos
88. As Primaveras -Casimiro de Abreu
89. A Desejada das Gentes -Machado de Assis
90. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
91. Quincas Borba -Machado de Assis
92. A Segunda Vida -Machado de Assis
93. Os Sertões -Euclides da Cunha
94. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
95. O Alienista -Machado de Assis
96. Don Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra
97. Medida Por Medida -William Shakespeare
98. Os Dois Cavalheiros de Verona -William Shakespeare
99. A Alma do Lázaro -José de Alencar
100. A Vida Eterna -Machado de Assis
101. A Causa Secreta -Machado de Assis
102. 14 de Julho na Roça -Raul Pompéia
103. Divina Comedia -Dante Alighieri
104. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
105. Coriolano -William Shakespeare
106. Astúcias de Marido -Machado de Assis
107. Senhora -José de Alencar
108. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
109. Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
110. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
111. A "Não-me-toques"! -Artur Azevedo
112. Os Maias -José Maria Eça de Queirós
113. Obras Seletas -Rui Barbosa
114. A Mão e a Luva -Machado de Assis
115. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
116. Aurora sem Dia -Machado de Assis
117. Édipo-Rei -Sófocles
118. O Abolicionismo -Joaquim Nabuco
119. Pai Contra Mãe -Machado de Assis
120. O Cortiço -Aluísio de Azevedo
121. Tito Andrônico -William Shakespeare
122. Adão e Eva -Machado de Assis
123. Os Sertões -Euclides da Cunha
124. Esaú e Jacó -Machado de Assis
125. Don Quixote -Miguel de Cervantes
126. Camões -Joaquim Nabuco
127. Antes que Cases -Machado de Assis
128. A melhor das noivas -Machado de Assis
129. Livro de Mágoas -Florbela Espanca
130. O Cortiço -Aluísio de Azevedo
131. A Relíquia -José Maria Eça de Queirós
132. Helena -Machado de Assis
133. Contos -José Maria Eça de Queirós
134. A Sereníssima República -Machado de Assis
135. Iliada -Homero
136. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
137. A Brasileira de Prazins -Camilo Castelo Branco
138. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
139. Sonetos e Outros Poemas -Manuel Maria de Barbosa du Bocage
140. Ficções do interlúdio: para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa
141. Anedota Pecuniária -Machado de Assis
142. A Carne -Júlio Ribeiro
143. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
144. Don Quijote -Miguel de Cervantes
145. A Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne
146. A Semana -Machado de Assis
147. A viúva Sobral -Machado de Assis
148. A Princesa de Babilônia -Voltaire
149. O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
150. Catálogo de Publicações da Biblioteca Nacional -Fundação Biblioteca Nacional
151. Papéis Avulsos -Machado de Assis
152. Eterna Mágoa -Augusto dos Anjos
153. Cartas D'Amor -José Maria Eça de Queirós
154. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
155. Anedota do Cabriolet -Machado de Assis
156. Canção do Exílio -Antônio Gonçalves Dias
157. A Desejada das Gentes -Machado de Assis
158. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
159. Don Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra
160. Almas Agradecidas -Machado de Assis
161. Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino -José Maria Eça de Queirós
162. Contos Fluminenses -Machado de Assis
163. Odisséia -Homero
164. Quincas Borba -Machado de Assis
165. A Mulher de Preto -Machado de Assis
166. Balas de Estalo -Machado de Assis
167. A Senhora do Galvão -Machado de Assis
168. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
169. A Inglezinha Barcelos -Machado de Assis
170. Capítulos de História Colonial (1500-1800) -João Capistrano de Abreu
171. CHARNECA EM FLOR -Florbela Espanca
172. Cinco Minutos -José de Alencar
173. Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida
174. Lucíola -José de Alencar
175. A Parasita Azul -Machado de Assis
176. A Viuvinha -José de Alencar
177. Utopia -Thomas Morus
178. Missa do Galo -Machado de Assis
179. Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
180. História da Literatura Brasileira: Fatores da Literatura Brasileira -Sílvio Romero
181. Hamlet -William Shakespeare
182. A Ama-Seca -Artur Azevedo
183. O Espelho -Machado de Assis
184. Helena -Machado de Assis
185. As Academias de Sião -Machado de Assis
186. A Carne -Júlio Ribeiro
187. A Ilustre Casa de Ramires -José Maria Eça de Queirós
188. Como e Por Que Sou Romancista -José de Alencar
189. Antes da Missa -Machado de Assis
190. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
191. A Carta -Pero Vaz de Caminha
192. LIVRO DE SÓROR SAUDADE -Florbela Espanca
193. A mulher Pálida -Machado de Assis
194. Americanas -Machado de Assis
195. Cândido -Voltaire
196. Viagens de Gulliver -Jonathan Swift
197. El Arte de la Guerra -Sun Tzu
198. Conto de Escola -Machado de Assis
199. Redondilhas -Luís Vaz de Camões
200. Iluminuras -Arthur Rimbaud
201. Schopenhauer -Thomas Mann
202. Carolina -Casimiro de Abreu
203. A esfinge sem segredo -Oscar Wilde
204. Carta de Pero Vaz de Caminha. -Pero Vaz de Caminha
205. Memorial de Aires -Machado de Assis
206. Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
207. A última receita -Machado de Assis
208. 7 Canções -Salomão Rovedo
209. Antologia -Antero de Quental
210. O Alienista -Machado de Assis
211. Outras Poesias -Augusto dos Anjos
212. Alma Inquieta -Olavo Bilac
213. A Dança dos Ossos -Bernardo Guimarães
214. A Semana -Machado de Assis
215. Diário Íntimo -Afonso Henriques de Lima Barreto
216. A Casadinha de Fresco -Artur Azevedo
217. Esaú e Jacó -Machado de Assis
218. Canções e Elegias -Luís Vaz de Camões
219. História da Literatura Brasileira -José Veríssimo Dias de Matos
220. A mágoa do Infeliz Cosme -Machado de Assis
221. Seleção de Obras Poéticas -Gregório de Matos
222. Contos de Lima Barreto -Afonso Henriques de Lima Barreto
223. Farsa de Inês Pereira -Gil Vicente
224. A Condessa Vésper -Aluísio de Azevedo
225. Confissões de uma Viúva -Machado de Assis
226. As Bodas de Luís Duarte -Machado de Assis
227. O LIVRO D'ELE -Florbela Espanca
228. O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
229. A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
230. Lira dos Vinte Anos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
231. A Orgia dos Duendes -Bernardo Guimarães
232. Kamasutra -Mallanâga Vâtsyâyana
233. Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
234. A Bela Madame Vargas -João do Rio
235. Uma Estação no Inferno -Arthur Rimbaud
236. Cinco Mulheres -Machado de Assis
237. A Confissão de Lúcio -Mário de Sá-Carneiro
238. O Cortiço -Aluísio Azevedo
239. RELIQUIAE -Florbela Espanca
240. Minha formação -Joaquim Nabuco
241. A Conselho do Marido -Artur Azevedo
242. Auto da Alma -Gil Vicente
243. 345 -Artur Azevedo
244. O Dicionário -Machado de Assis
245. Contos Gauchescos -João Simões Lopes Neto
246. A idéia do Ezequiel Maia -Machado de Assis
247. AMOR COM AMOR SE PAGA -França Júnior
248. Cinco minutos -José de Alencar
249. Lucíola -José de Alencar
250. Aos Vinte Anos -Aluísio de Azevedo
251. A Poesia Interminável -João da Cruz e Sousa
252. A Alegria da Revolução -Ken Knab
253. O Ateneu -Raul Pompéia
254. O Homem que Sabia Javanês e Outros Contos -Afonso Henriques de Lima Barreto
255. Ayres e Vergueiro -Machado de Assis
256. A Campanha Abolicionista -José Carlos do Patrocínio
257. Noite de Almirante -Machado de Assis
258. O Sertanejo -José de Alencar
259. A Conquista -Coelho Neto
260. Casa Velha -Machado de Assis
261. O Enfermeiro -Machado de Assis
262. O Livro de Cesário Verde -José Joaquim Cesário Verde
263. Casa de Pensão -Aluísio de Azevedo
264. A Luneta Mágica -Joaquim Manuel de Macedo
265. Poemas -Safo
266. A Viuvinha -José de Alencar
267. Coisas que Só Eu Sei -Camilo Castelo Branco
268. Contos para Velhos -Olavo Bilac
269. Ulysses -James Joyce
270. 13 Oktobro 1582 -Luiz Ferreira Portella Filho
271. Cícero -Plutarco
272. Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
273. Confissões de uma Viúva Moça -Machado de Assis
274. As Religiões no Rio -João do Rio
275. Várias Histórias -Machado de Assis
276. A Arrábida -Vania Ribas Ulbricht
277. Bons Dias -Machado de Assis
278. O Elixir da Longa Vida -Honoré de Balzac
279. A Capital Federal -Artur Azevedo
280. A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
281. As Forças Caudinas -Machado de Assis
282. Coração, Cabeça e Estômago -Camilo Castelo Branco
283. Balas de Estalo -Machado de Assis
284. AS VIAGENS -Olavo Bilac
285. Antigonas -Sofócles
286. A Dívida -Artur Azevedo
287. Sermão da Sexagésima -Pe. Antônio Vieira
288. Uns Braços -Machado de Assis
289. Ubirajara -José de Alencar
290. Poética -Aristóteles
291. Bom Crioulo -Adolfo Ferreira Caminha
292. A Cruz Mutilada -Vania Ribas Ulbricht
293. Antes da Rocha Tapéia -Machado de Assis
294. Poemas Irônicos, Venenosos e Sarcásticos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
295. Histórias da Meia-Noite -Machado de Assis
296. Via-Láctea -Olavo Bilac
297.

MinC se manifesta

MinC se manifesta sobre o editorial do jornal O Globo acerca da revisão da LDA

O Ministério da Cultura se manifestou acerca do editorial do jornal “O Globo” sobre a revisão da lei de direitos autorais brasileira. Na nota, que inicia com um trecho do editorial, o MinC aponta a origem de alguns pontos da proposta, e esclarece que uma contribuição mais efetiva pode ser dada por meio da consulta pública disponível na Internet.

http://www.direitoautoral.ufsc.br/gedai/?p=201
Fonte: http://www.cultura.gov.br/consultadireitoautoral/2010/06/28/os-perigos-na-revisao-dos-direitos-autorais/

Os perigos na revisão dos direitos autorais
28/06/2010
O Globo, Editorial, 27/06/2010
O anteprojeto de alteração da Lei de Proteção aos direitos autorais, do Ministério da Cultura, em audiência pública até 27 de julho, não é apenas mais uma iniciativa de regulação por parte do governo. Está em questão, na realidade, um tema fundamental em qualquer sociedade moderna: a amplitude do respeito à propriedade dos conteúdos e a remuneração de seus produtores. Depende do maior ou menor respeito ao direito autoral o estágio de desenvolvimento das nações.

Não é por acaso que o mais pujante sistema produtivo já criado pela Humanidade, em termos de produção propriamente dita e também em inovação (pesquisa e tecnologia), se baseia no reconhecimento da propriedade privada em geral e, em particular, na segurança jurídica concedida a empreendedores, inventores e artistas para usufruir suas obras. A proposta de mudanças nesta lei, portanto, tem de ser examinada e deba tida com a atenção e profundidade necessárias. Mesmo porque o MinC, no governo Lula, se notabiliza por ser um polo de pensamento dirigista e intervencionista. Foi assim com Gilberto Gil à frente do ministério, continuou da mesma forma sob as rédeas de Juca Ferreira. Leia mais…

MinC esclarece: O Ministério da Cultura agradece a disposição do jornal O Globo em participar do debate público sobre a modernização do direito autoral, demonstrada pelo editorial deste domingo (27/6). No entanto, convidamos o veículo a participar dessa discussão despindo-se de ideias pré-concebidas em relação ao governo federal e atentando à realidade do texto da lei. Por exemplo, não há, no anteprojeto de lei a expressão “controle social”, citada entre aspas no referido editorial. O que há é a proposta, inserida nos artigos 98 a 100b, de tornar transparente o sistema de arrecadação de direitos de autor no Brasil, face às constantes reclamações de artistas, criadores e usuários.

O trecho citado pelo jornal sobre “notícias diárias” já faz parte da Convenção de Berna, tratado internacional sobre o tema do qual o Brasil é signatário desde 1923. Não se trata, portanto, de nenhuma novidade. Outro trecho da lei, citado pelo veículo no editorial, referente a “acontecimentos extraordinários e imprevisíveis”, já faz parte do Código Civil Brasileiro.

Portanto, se o jornal O Globo tem alguma contribuição à proposta de modernização da Lei de Direito Autoral feita pelo Ministério da Cultura, agradeceríamos recebê-las na consulta pública colocada no ar em www.cultura.gov.br/consultadireitoautoral
Marcos Wachowicz

Professor de Direito da UFSC
Centro de Ciências Jurídicas
Florianópolis/SC - Brasil
CEP. 88.036.970
fone:(55)48-3721-9292

domingo, 27 de junho de 2010

CRIANÇAS E LIVROS

Fiquei feliz em ver na cidade de Paraty, RJ, a Flipinha. Uma folia paralela para crianças em meio à, digamos, Flipona, a festa literária internacional, exclusiva para adultos. Uma das coisas que me chamou a atenção na cidade, foi a ambientação das praças carregada de simbologia infantil, tais como animais feitos de papel ‘marché’, adolescentes seguindo os passantes com pinturas brancas nos rostos e os corpos vestidos de negro. Como a festa era em homenagem ao poeta pernambucano Manuel Bandeira havia os célebres e grandes bonecos que enfeitam os carnavais de Recife e Olinda. Todos os professores recebiam, gratuitamente, um Manual da Flipinha. Nesse manual, realizado pela Associação Casa Azul, fica claro que ele é um apoio ou ferramenta das salas de aula para provocar o aprimoramento do estudante, através do livro e da conseqüente leitura. A intenção é transformar as crianças nascidas em Paraty em leitores conscientes, dando à cidade um modelo de turismo cultural a dar exemplo a todo o país. Assim, professores foram engajados à Flipinha e o que se via era um salão aberto, com palco, lotado de crianças, ávidas por conhecimento. Neste tempo em que a Internet duela com a televisão como foco de atenção dos pais e das crianças, os livros, erradamente, são considerados apenas obrigações escolares, como instrumentos necessários à formação elementar, secundária ou superior. Está provado que as pessoas que gostam e sabem ler têm mais facilidade de expressão e comunicação. Não falam “tipo assim”, por terem vocabulário limitado. Os que lêem sabem descrever situações, assimilar o contexto de conversações. A partir das leituras conseguem ter uma visão maior do mundo, com seus perigos e oportunidades. Embora seja um avô não ortodoxo, tenho procurado estimular meus netos para a descoberta da leitura e da escrita. E o faço não interferindo na sua educação, mas lhes dando livros compatíveis com a idade. Tive o prazer de ver uma neta, pré-adolescente, recebendo prêmio e medalha de uma editora nacional por texto seu publicado, depois de selecionado no colégio. Luana, encabulada, devoradora de livros, estava, sem saber, concedendo-me alegria incomum.

João Soares Neto,

PARATY E A FLIP

Devo estar em Paraty, cidade entre Angra dos Reis e Ubatuba, quase à margem da estrada Rio-Santos. São quase quatro horas do Rio de Janeiro para cá. É inverno por aqui. Nada que um agasalho ou um blazer não resolva. Paraty é cidade histórica, com preservação de algumas áreas e prédios. Tem praia, bares, restaurantes e pousadas de todos os tipos. Vive do turismo, férias e pacotes de viagens, especialmente neste início de julho, quando tudo triplica de preço. Vim, curioso que sou, ver a Festa Literária Internacional de Paraty, a FLIP. Há dúvidas sobre a essência literária dessa festa. Vim para conferir. Neste ano, por exemplo, discute-se a obra do poeta pernambucano Manuel Bandeira, ao mesmo tempo em que, imaginem só, são apresentados cantores (os eternos Francis Hime e Olívia Hime), filmes e até histórias em quadrinhos (HQs). Parte-se daí para agitar o relacionamento amoroso, nas visões do cineasta Domingos de Oliveira, diretor de “Separações” e do escritor Rodrigo Lacerda. Claro que existem atrações internacionais. A primeira atração é o neodarwinista, Richard Dawkins. Depois, Chico Buarque e Milton Hatoun, conversando sobre o que as suas obras ajudam na formação do país. A música é objeto de bate-papo com Alex Ross, da revista New Yorker. A família cai na dança e é debatida por Anne Enright e James Salter. Gay Talese, autor, entre outros, de “Fama e Anonimato”, conversa sobre o novo jornalismo, de que é profundo conhecedor, com Mário Sérgio Conti, TV-Senac. O mexicano Mário Bellatin e o brasileiro Cristóvão Tezza procuram explicar suas experiências pessoais como literatos. E, para não cansar vocês, Catherine Millet, aquela que escreveu, quando jovem, a “Vida Sexual de Catherine M”, fala sobre o que viveu. Ao final, Zuenir Ventura e Edson Nery da Fonseca, encerram o tema Manuel Bandeira, a quem conheceram em vida. Como se vê, é realmente uma festa, em que há muita badalação e até um pouco de literatura. É, sem dúvida, um encontro midiático que atrai nomes internacionais, cujos cachês não estão nas alturas. Para alegria dos que gostam de Chico Buarque, ele é figura de proa nesta festa. É a “gota d’água”.

João Soares Neto,

FORTALEZENSE FAZENDO HISTÓRIA

Uma academia de letras tem vida. Acontece, cria, edita, reúne, sofre e motiva seus membros a materializar pensamentos em forma de livros de poemas, ensaios, discursos, crônicas, contos, romances etc. Este tem sido o dia-a-dia da Academia Fortalezense de Letras. Começou com Cid Saboya de Carvalho, figura ímpar do magistério, advocacia, política, jornalismo e literatura. Sua gestão contava com a experiência de Matusahila Santiago, advogada, funcionária pública e dirigente da Casa de Juvenal Galeno e o ímpeto de José Luís Lira, então jovem advogado, que passou a escrever biografias de poetas, escritores renomados e santos, transformando-se em hagiologista, professor e hoje está na UVA –Universidade Estadual do Vale do Acaraú. Depois, veio Cybele Valente Pontes com leveza, talento e tirocínio de gestão na Sociedade Amigas do Livro e na Coordenação do Prêmio Osmundo Pontes que realiza, anualmente, em parceria com a Academia Cearense de Letras. Cybele, com o suporte de Beatriz Alcântara e Regina Fiúza e a colaboração de alguns, instituiu e publicou a revista Panorama e a bi-anual Acta Literária. Além disso, reformou os estatutos e o regimento interno da entidade. Em seguida, veio a argúcia, cavalheirismo e inteligência de Ednilo Gomes de Soárez a dar nova forma ao Boletim mensal, incluindo fotos em cores dos acontecimentos e publicando mais um número da revista Panorama e outro da Acta Literária. Essa administração, encerrada em setembro do ano passado, agora, nesta semana, por sugestão nossa, entregou aos anais da Fortalezense de Letras, o livro pontuando as suas realizações e o fez de forma descontraída. O Livro foi apresentado por Regina Fiúza, na Faculdade 7 de Setembro, da qual Ednilo é o Diretor Acadêmico. Além de acadêmicos da Fortalezense e da Cearense, honrou-nos com sua presença o escritor cearense, radicado em São Paulo, Caio Porfírio Carneiro, Secretário Executivo da Associação Brasileira de Escritores. Alegravam-nos o comparecimento de jovens integrantes das “academias de estudantes” dos colégios Dáulia Bringel, Maria Ester e 7 de Setembro. Nessa reunião da Fortalezense apresentei voto de louvor à nossa consócia Gisela Nunes da Costa pelo título de Doutor Honoris Causa que lhe foi outorgado pela UVA. A noite foi arematada com a singularidade de uma exposição de artes plásticas em que autores mesclavam instalações e quadros-esculturas utilizando acrílico, aço sem pintura e barro.

João Soares Neto

A CÂMARA E A ACADEMIA

A História sempre nos ensina. Ela nos diz, por exemplo, que as Câmaras de Vereadores no Brasil são mais antigas que o Congresso Nacional e as Assembléias Legislativas. No Brasil, elas vieram com as Capitanias Hereditárias. A primeira Câmara instalada foi em SP, em São Vicente, que havia sido elevada à categoria de vila pelo donatário Martim Afonso de Souza. Essa 1ª. Câmara ficou conhecida como a “Câmara Vicentina”. Em todo o período colonial as câmaras municipais possuíam número considerável de atribuições. Eram elas que regiam as cobranças de tributos, definiam o exercício profissional, indicavam as atividades do comércio e ofícios, zelavam pelo patrimônio público e até administravam as prisões. Em suma, tinham funções executivas, legislativas e judiciárias. Após a Independência, veio a Constituição de 1824, quando o império centralizou a maior parte da administração pública e fixou em quatro anos a duração da legislatura. O vereador mais votado exercia a presidência da Câmara. Em 1889, com o advento da República, os vereadores passaram a ter exclusivamente papel legislativo e de fiscalização. Agora,com a Constituição de 1988, os papéis dos vereadores são os de legislar, fiscalizar, representar e sugerir/requerer. É exato nesse papel da sugestão que o Vereador Paulo Facó apresentou requerimento à Câmara Municipal de Fortaleza sugerindo a realização de uma sessão especial para homenagear a Academia Fortalezense de Letras. A Casa aprovou, unanimemente, o requerimento e ontem aconteceu a solenidade. Essa sessão, ontem realizada, se fez, acredito, como reconhecimento ao trabalho cultural de cada acadêmico da Fortalezense, bem como o esforço das gestões de Cid Carvalho, Cybele Pontes e Ednilo Soárez que deram uma feição contemporânea à nossa Academia Fortalezense de Letras. Ela é simples, mas diligente, atuante, diferenciada ao incentivar academias de estudantes. De forma inovadora desempenha o seu papel de regente, com empenho, de nomes qualificados. Agora, por exemplo, criou um blog, ao qual todos poderão acessar e incluir seus poemas, contos, ensaios e romances. Possui, em seus quadros, expoentes da cultura de Fortaleza. O seu presidente de honra é o Príncipe dos poetas cearenses, Artur Eduardo Benevides. Figuras políticas como os ex-vereadores Barros Pinho, Juarez Leitão e Ubiratan Aguiar. Barros Pinho também foi Deputado Estadual e Prefeito de Fortaleza e acaba de ganhar o Prêmio Osmundo Pontes de Literatura. Juarez Leitão, por sua atuação como mestre de história, produção poética e biográfica, é admirado por todos. Ubiratan Aguiar é Ministro do Tribunal de Contas da União, sendo, com muito zelo, o seu atual presidente. Na área pública, conta com o brilhante ex-senador da República, Cid Carvalho; o Deputado Estadual, Teodoro Soares; o Reitor da Universidade do Vale do Acaraú, Colaço Martins; e a ex-presidente do TRE, Gisela Nunes da Costa, que vem de ser agraciada com o título de Doutor Honoris Causa pela UVA. Destacam-se ainda sócios que dirigem outras entidades: o presidente do Instituto do Ceará, José Augusto Bezerra; Matusahila Santiago, da veneranda Casa de Juvenal Galeno. Maurício Benevides, presidente da Academia Cearense de Retórica; José Teles, presidente do capítulo cearense da Academia de Letras e Artes do Nordeste; Cybele Pontes, presidente da Sociedade Amigas do Livro; e Francisco Lima Freitas, presidente da Academia de Letras Municipais do Ceará. Os demais colegas são jornalistas, historiadores, bibliófilos, poetas, contistas, cronistas, romancistas e ensaístas. Esses acadêmicos, mercê de seus méritos, têm produção literária significativa nestes primeiros anos do Século XXI. A Fortalezense sugeriu ao presidente da Câmara, Vereador Salmito Filho, através do Vereador Paulo Facó, a elaboração, em 2010, de um “Cadastro Geral de Artes e Cultura de Fortaleza”, no qual todos os participantes dos mais diferentes segmentos das expressões artísticas, culturais e literárias da cidade, independente de credo, sexo, raça, ou de serem filiados a academias ou quaisquer entidades, em rigorosa ordem alfabética, possam ter seus nomes, breves currículos e produções impressos e registrados para divulgação, consulta e fins históricos. Por fim, louve-se a atenção do Vereador engenheiro Paulo Facó, que tem se caracterizado em conferir evidência especial à Cultura fortalezense.

João Soares Neto,
escritor

SOBRE LIVROS E LEITURA

Participei, nesta semana do livro, de debate na TV Fortaleza. Agradeci a Arnaldo Santos, coordenador, pelo oportuno convite. Falei a Auto Filho, Secretário da Cultura do Ceará, da alegria pela participação efetiva e bem recebida da Academia Fortalezense de Letras na 9ª. Bienal Internacional do Livro. Arnaldo criticou a ausência de políticos na Bienal. Ao meu lado esquerdo, estava a jornalista Adísia Sá, mestra e escritora. Ela é mulher casada com o livro de papel. Argumentei que o livro foi e é o caminho usado por nós, os debatedores, para aprender, procurar entender os fatos do mundo, aguçar o pensamento e transformá-lo em conhecimento, depois de depurado.Lamentei que só 7,0% da população brasileira adquire livros não didáticos. Constatei, por pesquisa do Ibope, que crianças entre 4 a 11 anos passam 5 horas por dia defronte a um aparelho de televisão. Segundo o mesmo IBOPE, 60 milhões de pessoas (adultos e crianças) passam igual número de horas diárias frente às tvs vendo novelas, programas policiais, fofocas, esportes, notícias plantadas e apresentadores apelativos. Relatei, com base em pesquisa nacional de 2009, feita pela Ipsos Public Affair, que mesmo as pessoas que dizem ter algum tipo de atividade cultural, - seja ir ao cinema, teatro, ler, comparecer a shows, dançar em festas e ver exposições de arte - apontam uma baixíssima média anual. Leem 5,1 livros, assistem a 4,1 filmes, vão a 3,8 shows, participam de 3,5 eventos de dança e só vêem 2,1 exposições de arte. Por ano, lembrem. Argumentei, citando o crítico literário José Paulo Paes que lutava, entre outras coisas, pela facilitação da leitura e escreveu o ensaio “Por uma literatura de entretenimento (ou: o mordomo não é o único culpado)”, no livro “A aventura literária”. Segundo Paes, os escritores brasileiros precisariam ser menos canônicos e não apelar tanto para o regionalismo. Ler deve ser um prazer para quem está iniciando e não punição ou tortura. Ainda, segundo Paes, muitos escritores manteriam discussões lingüísticas e acadêmicas e se descuidariam do público leitor. Viveriam em atritos, igrejinhas e se bastariam em suas questões recíprocas. Todos sabem que é preciso ter gosto de leitura apurado para ler, por exemplo, Machado de Assis, Guimarães Rosa e Clarice Lispector. Mas, nada impede que se comece com escritores de linguagem mais simples. Acreditava ele haver preconceito contra a crônica, o romance policial, a ficção científica e o sobrenatural. Constatamos que todos devem procurar gostar de ler, desde cedo. Um bom leitor não tem solidão. Ele tem o livro como companhia, sempre. Sabemos que o mercado editorial já descobriu que livros de leitura mais acessível são fáceis de vender. Mas, é um absurdo que o livro “A Cabana” esteja há meses na lista dos mais vendidos no Brasil. Auto Filho afirmou que o brasileiro passou do estágio da oralidade para a cultura do áudio-visual. sem parar no livro. Isto é, passou das histórias de Trancoso, assombrações ou de ninar para as novelas. Adísia Sá reclamou que não se lê e referiu que até professores universitários, inclusive doutores, quase nada leem. Pareceu claro para nós que alunos da 4ª. série do ensino fundamental não conseguem desenvolver competências básicas de leitura. Informei que o Brasil tem apenas 2.500 livrarias, quando, segundo especialistas, seriam necessárias 10.000. Disse ainda que 89% dos municípios brasileiros não têm uma única livraria. As pequenas livrarias estão definhando com o surgimento de mega-stores que focam na auto-ajuda e em livros ditos profissionais. Entretanto, paradoxalmente, o Brasil é o oitavo maior produtor de livros do mundo, com 2.000 editoras, mais de 12.000 títulos e 300 milhões de exemplares por ano. Desse total, 93% são livros didáticos, a maioria pagos pelos governos e, somente 7.0% são de outros gêneros. Por outro lado, é preciso saber que a leitura digital já vai atingir neste 2010 o total de 10% do mercado de livros nos Estados Unidos. Certamente, haverá um impacto nos livros didáticos, com a possibilidade de consulta de mapas e fazer pesquisas em salas de aulas equipadas com computadores ligados à internet. A distinção entre livro físico e livro digital já deve ser considerada. Estes serão, inicialmente, para um público específico, mas os e-books vieram para ficar. O Kindle, o Sony-reader e o I-pad podem ser popularizados e transportados para os computadores de bibliotecas públicas e escolas. Ler é viver.

João Soares Neto,
escritor

HOJE, NA BIENAL

Este artigo é um convite especial para você, leitor(a). Hoje, domingo, às 11 horas, no Espaço “Não Me deixes”, no Hall Central do Centro de Convenções, a Academia Fortalezense de Letras realiza sua segunda sessão em bienais do livro. Vá, esperamos por você. Será uma forma simples, leve, audaciosa e manifesta de aproximar uma nova academia do público que se pretende ver em eventos literários. Sabemos que tradições devem ser respeitadas, mas urge oxigenar a cultura, dando ênfase na comunicação entre os que escrevem e os que lêem, ainda que não sejamos sábios ou expoentes no que fazemos. Livro sem leitor é cadeado sem chave. Nessa reunião, o professor de literatura brasileira, Carlos Augusto Viana, falará sobre a obra literária de Rachel de Queiroz, enquanto o escritor José Luís Lira dirá de sua amizade - na varanda sertaneja - com a já então madura autora de “O Quinze”. Teremos a presença benfazeja de jovens integrantes de academias estudantis, que apoiamos. Tudo girará em torno da comemoração do centenário de nascimento de Rachel, patrimônio imaterial de todo o Estado do Ceará e, especialmente, da fortalezense cidade, onde nasceu e mantinha pouso. Se puder, dê um pulo lá, vale a pena, acredite. Vocês estão convidados a comparecer, não só a essa sessão, mas a todos os eventos da 9ª. Bienal Internacional do Livro do Ceará, aberta na sexta e que vai até o dia 18 próximo. Uma Bienal é uma festa múltipla, mas o seu objetivo central é o livro, esse pequeno objeto que nos faz distintos pelo saber. Vivemos, neste começo da segunda década do século XXI, a chegada de meios eletrônicos de leitura como o “Kindle” e o “IPad” que, ao contrário do que alguns pensam, não substituirão o livro, tampouco o escritor, o editor e nem arruinarão gráficas competentes. Serão apenas meios e estratégias a facilitar a leitura de livros na forma digitalizada. Ler, seja como for, ajuda a pensar, ficar mais centrado e infenso ao que não nos atrai ou incomoda. Abrir um livro, começar a lê-lo é um ato simples, despretensioso, mas pode enriquecê-lo. “O que estais lendo?”, perguntou Polônio a Hamlet. E você?

João Soares Neto,
da Academia Fortalezense de Letras

ANO DE TODOS. ANO DA RACHEL

A Academia Fortalezense de Letras tem participado, presencialmente, de todos os eventos até aqui realizados em comemoração ao centenário de nascimento da escritora cearense Rachel de Queiroz. Estivemos no “O Povo”, quando do lançamento de campanha alusiva à ex-cronista daquele jornal. Posteriormente, a Fortalezense reuniu, em sessão festiva, no dia 11 de abril, seus membros e convidados no Espaço “Não me Deixes” da 9ª. Bienal Internacional do Livro do Ceará, no Centro de Convenções. A AFL, pela segunda vez consecutiva, 2008-2010, logrou esse intento. Reuniu, em público, os seus acadêmicos em uma bienal para jograis, discussões e, certamente, homenagear Rachel. De 23 a este 30 de abril, a Fortalezense e a Secult estão realizando a 2ª. Exposição (a primeira foi ano passado) “Viajando nos Livros”, no Benficarte, no Shopping Benfica, em que Rachel é homenageada. Hoje é o último dia. Ainda nesta semana, no dia 27, a AFL participou da mesa diretora da sessão solene em homenagem a Rachel de Queiroz, no plenário 13 de Maio da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará. A sessão foi presidida pela deputada Rachel Marques, autora do requerimento. Na abertura, disse ela que se considerava, tal qual a homenageada, uma fortalezense que adotou Quixadá. Nessa tarde festiva era maior o número e o brilho de quixadaenses que os nativos de Fortaleza. Eles vieram preparados. Encenaram uma breve peça em que Rachel aparece menina, adolescente, mulher jovem e senhora madura. Houve cantador de viola e cordelista com louvações versejadas. As professoras Lourdinha Leite Barbosa e Cleudene de Oliveira Aragão apresentaram uma coletânea, enfeixada em livro, por elas organizado, “100 anos de Rachel de Queiroz, Vida e Obra” e editado pelo Inesp, dirigido pelo prof. Antônio Nóbrega Filho. O reitor da Universidade Estadual do Ceará, Francisco de Assis Moura Araripe, registrou a ideia de se criar o Instituto Rachel de Queiroz. A festa foi longa e os deputados Artur Bruno, Teodoro Soares (membro da AFL) e Júlio César disseram da alegria de ver tantos jovens estudantes e amantes das letras naquele recinto. A sobrinha Maria Inês Queiroz Chaves agradeceu em nome da família de Rachel. De nossa parte, cobramos, descontraidamente, a parte que cabe a Fortaleza na sua vida. Afinal, ela nasceu ali pertinho do Passeio Público e estudou no Colégio da Imaculada Conceição. Só depois, muito depois, Rachel foi para o Rio, onde teve mais de uma morada e lá se finou em 4 de novembro de 2003. Mas, Rachel sempre vinha ao Ceará e, antes de pegar a estrada para Quixadá, fazia pouso em Fortaleza para se reabastecer das estórias da cidade e trocar dois dedos de prosa com parentes e amigos. É por isso que dizemos, Rachel é de todos e, especialmente, da literatura modernista brasileira.

João Soares Neto,
escritor

REGIMENTO INTERNO

ACADEMIA FORTALEZENSE DE LETRAS
REGIMENTO INTERNO


Art. 1º - O Regimento Interno da Academia Fortalezense de Letras tem por objetivo oferecer subsídios para o fiel cumprimento do seu Estatuto, estabelecer diretrizes para o bom desempenho dos trabalhos da Casa e dar outras providências.

DAS REUNIÕES
Art. 2º - As atas das reuniões, Assembleias ou sessões solenes, lavradas pelo 1º secretário e assinadas por este, juntamente com o secretário geral e o presidente, serão, ao final de cada gestão, encadernadas e arquivadas.

Art. 3º - O comparecimento dos acadêmicos e visitantes será registrado em livro de presença específico.

Art. 4º - O exercício social terá início no mês de fevereiro, com Assembleia Geral ordinária destinada à prestação de contas da diretoria, com o parecer do conselho fiscal, e será encerrado no mês de dezembro com uma reunião festiva de confraternização.

§ 1º - No mês de janeiro a Academia, em recesso, não promoverá reuniões formais.

§ 2º - A diretoria reunir-se-á no início de cada ano com o conselho fiscal para prestação de contas do ano anterior, as quais serão submetidas à aprovação da Assembléia na primeira reunião do ano, a realizar-se no mês de fevereiro.

Art. 5º - Haverá uma reunião ordinária por mês, sempre na terceira quarta feira, podendo também o presidente da Academia convocar reuniões extraordinárias quando houver necessidade.

§ 1º - Para as reuniões extraordinárias poderão ser convocados todos os acadêmicos ou apenas os membros da diretoria.

§ 2º - Durante as reuniões da Academia, a palavra será dada pelo presidente a um acadêmico por vez, sendo permitida a solicitação de apartes.

§ 3º - Haverá em cada reunião ordinária um momento destinado à leitura de textos em prosa ou verso e para comentários gerais sobre assuntos ligados à literatura.

§ 4º - O colar acadêmico será obrigatório nas reuniões solenes da Academia, podendo seu uso ser solicitado também pela diretoria em outras ocasiões consideradas especialmente importantes.

DAS ELEIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
Art. 6º - A cada biênio, a Academia reunir-se-á em Assembleia Geral especialmente convocada para renovação da diretoria e do conselho fiscal, mediante eleição. A diretoria em exercício conduzirá o processo eleitoral, abrindo as inscrições para chapas durante o mês de agosto. A eleição ocorrerá no mês de setembro e os membros eleitos para diretoria e conselho fiscal tomarão posse em reunião festiva no mês de outubro.

§ 1º - As chapas concorrentes deverão ser apresentadas, completas, em dia, local e horário estabelecidos pela diretoria em exercício.

§ 2º - Os acadêmicos titulares candidatos necessariamente terão que estar quites com suas obrigações financeiras com a instituição até o momento de registro da chapa a que pertencer.

§ 3º - Só poderá concorrer à presidência o membro titular com mais de 3 (três) anos de posse como acadêmico.

§ 4º - Poderão exercer o direito de voto todos os acadêmicos titulares quites com suas obrigações financeiras com a instituição até a data da eleição.

§ 5º - Caberá ao presidente de honra em exercício dar posse aos membros da nova administração.

DAS ELEIÇÕES DE NOVOS MEMBROS
Art. 7º - Para ingresso de novos membros, a diretoria da AFL tornará pública a abertura do processo seletivo para o preenchimento da (s) cadeira (s) vaga (s), através de jornal local diário. (Modelo de edital: anexo I)

Art. 8º - O candidato a ocupar uma cadeira vaga na Academia deverá inscrever-se mediante o pagamento da taxa de inscrição, preenchimento de requerimento e ficha de inscrição, endereçadas ao presidente da instituição, aos quais anexará currículo, com comprovação de sua atividade literária, e 2 (dois) exemplares da (s) obra (s) publicada (s). (Modelo de requerimento: anexo II / Modelo de ficha de inscrição: anexo III).

§ 1º - Poderão exercer o direito de voto todos os acadêmicos titulares quites com suas obrigações financeiras com a instituição até a data da eleição.

§ 2º - Em caso de empate, assume o candidato mais idoso.

DOS ACADÊMICOS
Art. 10 - Compete a todos os membros da Academia: cumprir e fazer cumprir as normas estabelecidas pelo Estatuto e por este Regimento Interno.

Art. 11 - O membro fundador da AFL que, por qualquer motivo, queira afastar-se da Academia, terá direito ao título de membro honorário ou correspondente, se houver mudado de domicílio, perdendo, no entanto, o direito ao uso da cadeira e menção de seu patrono, salvo para registro histórico, expressa claramente essa condição.

Art. 12 - Os títulos de membros correspondentes e membros honorários da Academia Fortalezense de Letras não acarretarão nenhum ônus para os beneficiários, que poderão usar o emblema da Academia e o respectivo título em suas publicações, além de poderem assistir, sem direito a voto, às reuniões ordinárias e solenes da Academia.

Art. 13 - A AFL mandará confeccionar diplomas de membro correspondente e membro honorário, os quais serão entregues aos beneficiários em sessão da Academia, ou enviados pela ECT.

Art. 14 - A declaração de membro correspondente ou honorário será feita pela diretoria da AFL, acatando indicações dos acadêmicos titulares, que deverão estar devidamente fundamentadas, justificando a indicação.

§ 1º - A diretoria terá o prazo de 30 (trinta) dias, para manifestar-se sobre o mérito da indicação, aceitado-a ou rejeitando-a.

§ 2º - Se rejeitada a indicação, novo pedido poderá ser feito à diretoria da Academia, após 1 (um) ano da primeira indicação.

§ 3º - O número de membros honorários não poderá ultrapassar o de membros titulares.

Art. 15 - O acadêmico que cometer atos inadequados, que prejudiquem o bom nome da Academia, terá seu comportamento levado ao conhecimento da Assembleia, que estabelecerá sanções, de simples advertência à perda da cadeira, dependendo da gravidade do ato.

Art. 16 - Todos os acadêmicos, ao lançarem novas obras, poderão usar o selo editorial Fortalezense de Letras e deverão doar 02 (dois) exemplares ao acervo da Academia.

Art. 17 – O empréstimo de livros se fará unicamente a acadêmicos, excluídas as raridades bibliográficas e obras de consulta frequente, e constará de registro assinado pelo acadêmico e pelo responsável pela entrega.

Parágrafo único: Não sendo restituído o livro no prazo máximo de 1 (um) mês, a diretoria solicitará a sua devolução ou substituição.

Art. 18 - Fica estipulada a cobrança de mensalidade, cujo valor será determinado pela diretoria da AFL, podendo ser reajustado quando necessário, pelos índices inflacionários.

Parágrafo único: São isentos de contribuições mensais os membros honorários e os membros correspondentes. O acadêmico com mais de 80 anos, por sua vontade e decisão, optará por pagar ou não a contribuição mensal.

DO PROCEDIMENTO PARA APROVAÇÃO DE ALTERAÇÕES DO ESTATUTO
Art. 19 – Alterações no Estatuto da Academia poderão ser propostas e analisadas pela Diretoria, e serão aprovadas em Assembleia Geral convocada para esse fim, respeitando-se o seguinte encaminhamento:

I – a diretoria deverá solicitar aos acadêmicos titulares propostas de alteração, com 2 (dois) meses de antecedência, estabelecendo prazo para o envio das mesmas;

II – realizar-se-á uma reunião da administração da Academia para análise e discussão das propostas apresentadas;

III – o presidente, juntamente com o secretário geral, enviará, por jornal, carta ou e-mail, convocação para a Assembleia e texto aprovado pela diretoria aos acadêmicos titulares, com 8 (oito) dias de antecedência;

IV - na Assembleia, antes da votação, os acadêmicos ainda poderão opinar sobre as alterações propostas.

V - a votação será feita em aberto.

DAS SOLENIDADES
Art. 20 – As solenidades de posse da administração, posse de novos membros e premiação de concursos literários poderão seguir os modelos anexos (posse da administração: anexo IV / posse de novos membros: anexo V / premiação de concursos literários: anexo VI) ou serem alteradas conforme decisão da diretoria vigente.

DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 21 - Cabe à diretoria resolver os casos omissos no presente Regimento ou no Estatuto da Academia.

Art. 22 - Este Regimento Interno, aprovado em Assembleia, entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

O presente regimento foi aprovado, por unanimidade, em AGE, realizada em 16.06.2010, pela maioria absoluta dos acadêmicos.

João Soares Neto,
Presidentre

ANEXO I
Edital para preenchimento de cadeiras vagas

ACADEMIA FORTALEZENSE DE LETRAS

EDITAL nº. ___ /_____

A Diretoria da Academia Fortalezense de Letras torna público que está aberto o processo para o preenchimento das seguintes cadeiras vagas:

Cadeira nº. __ . Patrono: ______________ . Fundador: ____________________ .

Cadeira nº. __ . Patrono: ______________ . Fundador: ____________________ .

Os interessados em ingressar ao quadro de membros efetivos, deverão se enquadrar nas disposições instituídas pelos artigos 6º. e 7º do Estatuto, à disposição no blog academiafortalezensedeletras.blogspot e na secretaria da AFL. Os candidatos deverão preencher requerimento e ficha de inscrição, com vistas a uma das cadeiras vagas, acompanhados de curriculum vitae e dois exemplares das obras publicadas. A documentação deverá ser entregue na sede da AFL, Rua do Rosário, 01, Centro, Fortaleza, Ceará, , até às 14 horas do dia ___ de _____ do corrente ano.

Fortaleza, ___ de _____ de _________ .

___________________________
Presidente

ANEXO II
Modelo de requerimento


REQUERIMENTO

Fortaleza, _____ de _____ de _______.

Ao __________________________________


Presidente da Academia Fortalezense de Letras- AFL

Senhor (a) Presidente (a),
Eu, ______________________________________________, tomando conhecimento do Edital datado de ____ de ____ último, que noticia a existência de vagas para a Academia Fortalezense de Letras, venho apresentar o registro de minha candidatura para o preenchimento de vaga existente.

Declaro ter conhecimento e aceitar todas as disposições instituídas pelo Estatuto Social e Regimento Interno da Academia Fortalezense de Letras, e comprometo-me, através deste, a cumpri-las fielmente.

Nestes termos, espero deferimento.

Atenciosamente,
____________________________________
assinatura

ANEXO III
Modelo de ficha de inscrição

FICHA DE INSCRIÇÃO

CADEIRA Nº. ________ PATRONO: _______________________________________

NOME: ______________________________________________________________

FILIAÇÃO: ___________________________________________________________

DATA DE NASCIMENTO: _______________________________________________

NASCIDO EM: _____________________________________________ UF _______

ESTADO CIVIL: ________________ CÔNJUGE: ____________________________

PROFISSÃO: ________________________________________________________

ENDEREÇO: ________________________________________________________

_________________________________ CEP: _____________________________

FONES: ___________________ (RES.) / __________________ (COM.) / __________________ (CEL.)

E-mail (obrigatório): ____________________________________________________


TRABALHOS PUBLICADOS COM SUA DATA DE PUBLICAÇÃO:
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DIGA POR QUE GOSTARIA DE FAZER PARTE DA ACADEMIA FORTALEZNSE DE LETRAS _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


OBS: UTILIZE FOLHAS ADICIONAIS SE FOR NECESSÁRIO. ANEXAR CURRICULUM